Os principais tópicos em pauta foram as demandas cruciais e as aplicações empresariais relacionadas ao Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), discutidos durante o evento ocorrido nesta quarta-feira (23), na edição sediada em Goiás. Esta iniciativa, promovida em colaboração pela Comissão de Infraestrutura (Coinfra) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em conjunto com o Sindicato da Indústria da Construção Civil de Goiás (Sinduscon-GO), contou com a parceria da Caixa Econômica Federal e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e com a co-realização do Senai Nacional.
O programa SINAPI: Metodologia e Aplicação tem sido uma prioridade na agenda da CBIC há uma década, sempre fomentando um diálogo aberto, sincero e técnico para determinar preços de referência apropriados para contratações governamentais, conforme destacado por Renato Correia, presidente da CBIC. Correia enfatiza que “O trabalho realizado pela equipe busca o equilíbrio dos contratos, para que haja segurança jurídica, exequibilidade, tudo aquilo que a gente precisa”.
Nesta edição, o foco do debate recai sobre as demandas específicas de Goiás, uma abordagem estratégica que, aliada a um conjunto normativo, busca solucionar o problema das obras paralisadas. Correia ressalta que o Brasil enfrenta atualmente cerca de 14 mil obras nessa situação, algo prejudicial tanto para a nação quanto para seus cidadãos e para o setor da construção.
Com um histórico de mais de 50 seminários realizados, este projeto tem levado discussões abrangentes a todos os cantos do Brasil, escutando a voz do mercado e alcançando resultados notáveis, conforme sublinha Geraldo de Paula, Consultor Sinapi da CBIC.
Mauro Castro, representante do Sinapi na Caixa Econômica Federal, observa que o evento oferece uma oportunidade ímpar para disseminar conhecimentos sobre o uso apropriado das referências do SINAPI.
Abrindo o evento, João Geraldo Maia, membro do conselho consultivo do Sinduscon-GO, salienta a natureza científica da pesquisa de preços. Durante as atividades, Augusto Oliveira, representante do Sinapi no IBGE, explora os principais conceitos e métodos de coleta do Sinapi, expondo as notáveis disparidades regionais.
Oliveira destaca a amplitude da coleta de informações em escala nacional. Somente em 2022, foram realizadas coletas mensais em 8.591 locais, abrangendo quase 55 mil itens.
Iris Luna, coordenadora de projetos da Caixa, em sua fala, detalha os cadernos técnicos segmentados por grupos de serviços e enfatiza que as referências do SINAPI não devem ser consideradas como tabelas rígidas, mas sim adaptadas conforme a necessidade. O orçamentista deve identificar se a referência abrange os itens essenciais para a obra em questão, destaca Luna. “Verificando os cadernos técnicos, o orçamentista vai ter toda a possibilidade de fazer o orçamento com mais segurança, inclusive com as adaptações que forem necessárias”, completa.
No decorrer do evento, Alexandre Honório, gerente nacional da GEPAD da Caixa, anuncia o início do terceiro ciclo de aferição do Sinapi, ampliando a abrangência para todo o Brasil, com um levantamento abrangente em campo de todos os parâmetros usados na determinação dos custos do Sistema.
O tópico discutido guarda conexão com o projeto “Melhoria da Competitividade e da Segurança Jurídica para Ampliação de Mercado na Infraestrutura”, conduzido pela Comissão de Infraestrutura (Coinfra) da CBIC, em colaboração com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).